Nos últimos tempos, o jejum intermitente virou o queridinho de muita gente que busca emagrecer ou melhorar os hábitos alimentares. De fato, ele pode funcionar bem para quem se adapta a períodos programados sem comer, especialmente por ajudar na redução calórica sem necessidade de seguir uma dieta extremamente rígida.
Mas nem todo mundo se beneficia com esse método. Crianças, idosos, lactantes e pessoas com doenças crônicas ou transtornos alimentares devem evitar o jejum ou procurar orientação profissional antes de iniciar. O mais importante é entender que o que traz resultados não é o jejum em si, mas o equilíbrio na alimentação.
E quando o jejum vira problema?
Para quem já tem uma relação complicada com a comida, o jejum pode acabar sendo um gatilho. Em vez de ajudar, pode causar o efeito contrário — aumentar a compulsão alimentar. E por quê? Aqui vão alguns fatores que explicam:
- Hormônio da fome nas alturas: longos períodos sem comer aumentam a grelina, e isso pode tornar a fome praticamente incontrolável.
- Efeito recompensa: depois de muito tempo sem comer, o prazer ao se alimentar é intensificado, especialmente com alimentos calóricos.
- Oscilações de glicose: quebrar o jejum com muito carboidrato refinado causa picos de glicose e insulina, que logo geram mais fome.
- Restrição mental: quanto mais você se proíbe de comer algo, mais sua mente deseja — e esse ciclo pode levar à compulsão.
Sinais de alerta: seu corpo fala
Se você tenta seguir o jejum, mas percebe que está comendo rápido e sem controle, sente que não consegue parar de comer ou passa o tempo todo pensando em comida, talvez esse estilo não seja o ideal para você. É hora de dar uma pausa e rever a estratégia.
Dá pra jejuar com equilíbrio? Sim! Mas com consciência.
- Comece com janelas menores.
- Observe como seu corpo reage e respeite seus limites.
- Prefira refeições com fibras e proteínas na janela alimentar.
- Evite ultraprocessados para manter a saciedade.
- E o mais importante: tenha orientação de um profissional.
Saúde de verdade vem com equilíbrio, sem sofrimento ou dietas extremas. Alimentação precisa nutrir, sim, mas também proporcionar liberdade e prazer.
Se você está considerando o jejum intermitente, pense no seu momento atual, escute o seu corpo e, se possível, converse com um profissional. Cada pessoa é única — e a sua alimentação deve refletir isso.
